O momento de escolhas
As mudanças climáticas são provocadas pelo lançamento excessivo de gases de efeito estufa na atmosfera, sobretudo o dióxido de carbono (CO2), gerado principalmente pela queima de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás natural. A derrubada das florestas tropicais também é um grave problema, sendo a segunda maior fonte de emissões de gases de efeito estufa.
Antes da Revolução Industrial, no século 18, os níveis de carbono na atmosfera, em média, estavam em 280 ppm (partes por milhão). Atualmente, essa concentração está em 379 ppm, o que significa um aumento de 35,36%.
Embora as mudanças climáticas sejam estudadas por cientistas há muito tempo, foi em 1988 que a Organização das Nações Unidas decidiu formar, como resultado da percepção de que a ação humana poderia estar exercendo uma forte influência sobre o clima do planeta, o Painel Internacional sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês). O órgão é composto por delegações científicas de 130 governos para prover avaliações regulares sobre as mudanças climáticas.
Em 1992, o problema recebeu novo status dentro da agenda política mundial, com a criação da Convenção do Clima durante a Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, e conhecida como Rio-92. A Convenção do Clima tem como principal objetivo estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático.
Foi a partir do fim de 2006, entretanto, que o tema ganhou popularidade. Em novembro daquele ano o ex vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, lançou o documentário “Uma Verdade Inconveniente”, visto por milhões de pessoas em todo o mundo.
Em 2007, os 2.500 cientistas do IPCC lançaram o quarto relatório de avaliação do painel, que se tornou um dos trabalhos mais citados em todo o mundo nas discussões sobre mudança climática.
Nele classificam como “inequívoca” a responsabilidade do homem sobre as alterações climáticas e apontam para um aumento médio da temperatura global da ordem de 3 graus Celsius até 2100.
Para frear os impactos dessa nova realidade climática, o mundo terá que gastar 1% do seu PIB (Produto Interno Bruto) aponta o Relatório Stern, estudo sobre os custos econômicos das mudanças climáticas encomendado pelo governo britânico ao economista Nicholas Stern. O trabalho também conclui que o custo da inação pode chegar a 20% do PIB mundial.
E quais são os custos das mudanças climáticas para o Brasil? São respostas a essa pergunta que os pesquisadores do estudo Economia do Clima estão trabalhando para apresentar a sociedade brasileira no segundo semestre de 2009.
O lançamento do Estudo: Economia da Mudança do Clima no Brasil - Custos e OportunidadesE quais são os custos das mudanças climáticas para o Brasil? São respostas a essa pergunta que os pesquisadores do estudo Economia do Clima estão trabalhando para apresentar a sociedade brasileira no segundo semestre de 2009.
será dia 25/11/2009 (quarta feira), a partir das 10:30 horas, no Auditório IPEA - Setor Bancário Sul, Quadra 1, Bloco J, Ed. BNDES, Térreo, Brasília. RVSP: carolina@economiadoclima.org.br ou 61-3329-2362. MAIS INFORMACOES: www.economiadoclima.org.br
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