Cerâmica reduz em 80% o uso de lenha
Em apenas três anos, a Cerâmica Torres, localizada em Sobral, conseguiu reduzir em 80% o consumo de lenha no processo produtivo. Devido a um programa de produção mais limpa implantado em parceria com o Sindicato da Indústria Cerâmica do Ceará (Sindcerâmica), a empresa também diminuiu o desperdício de energia, água e está destinando resíduos sólidos para reciclagem.De acordo com o diretor da empresa, Fernando Ibiapina Cunha, antes do programa, a cerâmica já trabalhava em conformidade com a legislação ambiental. “Com a produção limpa, o objetivo é reduzir ou mesmo eliminar os resíduos produzidos na empresa”, explica.
Segundo ele, o consumo de lenha diminuiu 80% devido ao uso de secadores e à parceria feita com empresas da região. A Cerâmica Torres dispõe de coletores de material reciclável em serrarias e empreendimentos da construção civil. “Praticamente não usamos mais lenha”, destaca o diretor, também presidente do Sindcerâmica.Através da educação ambiental, os 95 funcionários também são incentivados a fazer coleta seletiva. O material gerado é destinado ao Ecoelce, programa da Companhia Energética do Ceará (Coelce) que troca o produto recebido por bônus na conta de energia. “Antes, o caminhão vinha duas vezes por semana, agora é uma vez a cada 10 dias”, comemora.Outra mudança diz respeito aos cacos, que são os restos de tijolo que sobram quando algum produto se quebra depois de ser queimado.
Antes o material não tinha destino final certo e ficava na natureza. Agora, com apoio do Serviço Nacional da Indústria (Senai), a meta é diminuir ao máximo o excedente e reaproveitá-lo na produção. “Todos os funcionários têm consciência de que precisam fazer a sua parte”, reflete.
PARA SABER MAIS
Benefícios ambientais incluem redução de 100% da cinza, resíduo da queima que antes ia todo para o meio ambiente.
Com o Programa Produção Mais Limpa, o resíduo (cinza) está sendo beneficiado e adicionado na massa para conserto dos fornos e suas portas, o que reduziu em 100% o lançamento do material no meio ambiente. Já com a introdução de combustíveis alternativos para queima, como casca de babaçu e material das serrarias, diminuiu em 15% o consumo de lenha, o que corresponde a 2.700 metros de lenha por ano.
Isso equivale a 52 hectares de caatinga preservados, considerando que um hectare produz 52 metros cúbicos de lenha nativa. Com a construção de um filtro tanque lavador de gases, para reduzir o lançamento de fuligem e fumaça durante a queima, caiu a emissão de fuligem e de CO2 na atmosfera. Antes do Produção Mais Limpa, 1,5% dos produtos tinham algum tipo de defeito. Depois, a redução no desperdício da queima caiu para 0,5%.
Extraído do site DiarioNordeste
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