Articulação Interinstitucional
As colocações feitas neste artigo têm um caráter preliminar. A perspectiva adotada volta-se para a construção de um primeiro exercício construtor de uma “pré-análise” em torno da questão da integração interinstitucional. Ponto de pauta dos debates acadêmicos e governamentais na atualidade, a referida integração tem como pressupostos teóricos as questões relacionadas ao planejamento governamental, à gestão das instituições públicas e ao desenvolvimento, todos eles permeados pelos princípios da democracia e da cidadania.
Na ampliação da forma de análise e metodologias capazes de fundamentar a compreensão sobre a temática da integração, encontra-se afirmações da necessidade da adoção e a importância das iniciativas interdisciplinares e intersetoriais favoráveis à construção, de maneira integrada, de um mundo melhor para todos.
Contudo, também se fez importante pautar os desafios à implementação da integração da esfera pública. Nesse sentido, as questões políticas ligadas à cultura da fragmentação das ações e da hierarquização do poder, assim como aquelas relacionadas ao imediatismo da máquina pública ganham vulto como hipóteses a serem estudadas com vistas à explicação do porque é tão difícil, integrar as instituições em torno de um projeto ampliado de Desenvolvimento Sustentável, que considere o Combate a Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
Alguns elementos fundamentais neste processo são os modelos organizacionais e gerenciais, a comunicação interinstitucional, as relações de poder, a burocracia estatal, a partidarização das decisões, as relações de cooperação, as vaidades pessoais e corporativas, a descentralização e/ou desconcentração da administração, entre outros.
Tudo isso, pretende esboçar um panorama geral sobre a temática em questão, destacando nas estrelinhas a possibilidade de exeqüibilidade da integração interinstitucional. No entanto, é preciso sublinhar que a esfera pública, de um modo geral, ainda está fortemente atrelada ao fisiologismo, à corrupção, a ações anti-democráticas, à centralização de poder, ao beneficiamento de poucos em detrimentos da maioria, etc., carecendo de mudanças estruturais que passam, necessariamente, pela vontade política dos gestores públicos em implementar iniciativas inovadoras. Inovações estas, quem sabe um dia, garantidoras de uma sociedade mais participativa e de governos diferentes, pois mais democráticos e integradores.
Qual processo a ser seguido na Articulação Interinstitucional dos PAE’s?
27 de julho de 2009
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